domingo, 2 de maio de 2010
A invenção da mentira
Quando assisti a esse filme, muitas indagações do tipo "e se?" borbulharam... PLOC PLOC e se for tudo invenção mesmo?
Apesar do final bobinho - como sempre - o filme propõe questões interessantes acerca do que é hipocrisia e do que é cordialidade, acerca da con-vivência pacífica e, o mais importante, acerca da MARAVILHOSA experiência de ser sincero com quem se ama. E aí podemos estender esse objeto de amor a todas as instâncias da vida. No filme, o protagonista - "inventor" da mentira - não consegue mentir para sua amada. Nós também não podemos mentir para aqueles que amamos.
A mentira sobre a morte e a religião ficam para o próximo post - preciso me refazer de Chico Xavier para escrever sobre isso.
No mais, estou imersa em Stars Hollow, terra de Lorelai e Rory, as garotas Gilmore, em companhia de Gabi.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
O escafandro e a borboleta
Não sou especialista em filmes, tampouco uma cinéfila voraz. Vejo filmes quando sobra um tempinho, muitas vezes com muito atraso em relação ao lançamento. E daí? Filmes não apodrecem com o tempo; pelo contrário, amadurecem. Quando vamos ao cinema no calor da hora e em meio às críticas geralmente ficamos desapontados, porque as espectativas que criamos não se cumprem: é sempre o olhar do outro que está presente, e não o nosso próprio, claro (pode-se dizer o mesmo de adaptações de obras literárias para o cinema, em que predominantemente as primeiras superam seu correspondente na 7ª arte.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Domésticas, o filme
À primeira vista, Domésticas parece uma comédia, Traz cenas hilárias, personagens que passam por situações engraçadas - como o assaltante de ônibus desmascarado por usar uma arma de brinquedo - mas que, na verdade, representam gente de carne e osso, que usa a língua não padrão, que às vezes não entende o que é dito, que filosofa de forma bem intuitiva, que tem o conhecimento comum.
É triste, mas comprova-se, por esse filme, que "uma variedade lingüística ´vale` o que ´valem` na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais.” (Maurizzio Gnerre). Todo o preconceito linguístico está aí exemplificado: que sirva de reflexão para nós.
domingo, 12 de abril de 2009
Quem quer ser um milionário? (Slumdog millionaire)
Espero comentar esse filme no 7 ª Arte ano que vem. É impactante, é realista, desconcerta, faz repensar os padrões aos quais nos acostumamos. Você quer dinheiro para quê? Aliás, você quer dinheiro? Por que ele é tão importante?
quinta-feira, 26 de março de 2009
Sem medo de morrer (The Life Before Her Eyes)
Choro e canto, mato e morro
Corro entre o bem e o mal
Sem querer faço da vida
Calmaria e vendaval
Passarinho e águia brava
Brisa mansa e temporal
Vendo o dia se apagando
Vejo a noite amanhecer
Passo o tempo procurando
Quem me possa responder
Como é que tem quem vive
Sem ninguém por quem morrer
Um caminho a gente encontra
Só questão de procurar
Se uma reta está no céu
Uma curva está no mar
Só não se acha saída
Quando a morte vem levar
sábado, 21 de março de 2009
Dançando no escuro
Filme lançado na França em 2000, tem como uma de suas atrações a cantora Björk no papel principal. Narra a história de Selma Jeskova, imigrante tcheca nos EUA, que sofre de uma doença genética que a levará à cegueira. Para evitar que o mesmo ocorra com seu filho, ela trabalha para juntar dinheiro para a operação que o curaria. O diretor e roteirista Lars Von Trier soube adicionar à história a dose perfeita de sensibilidade ao contrapor a ilusão de Selma à dura realidade de sua vida sem visão. São carregadas de cores as cenas em que Selma 'foge' do mundo real - pálido, seco, silencioso - para ingressar no musical de sua vida. Nesses momentos, a ternura invade a tela e vemos o que Selma vê - a realidade que seus olhos vêem.
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar."