À primeira vista, Domésticas parece uma comédia, Traz cenas hilárias, personagens que passam por situações engraçadas - como o assaltante de ônibus desmascarado por usar uma arma de brinquedo - mas que, na verdade, representam gente de carne e osso, que usa a língua não padrão, que às vezes não entende o que é dito, que filosofa de forma bem intuitiva, que tem o conhecimento comum.
É triste, mas comprova-se, por esse filme, que "uma variedade lingüística ´vale` o que ´valem` na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais.” (Maurizzio Gnerre). Todo o preconceito linguístico está aí exemplificado: que sirva de reflexão para nós.
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