O que é e o que poderia ter sido me acompanha desde que li 'A insustentável leveza do ser', de Milan Kundera: O 'se' não existe; quando se escolhe um caminho, todas as possibilidades, alternativas, se fecham.
"Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? [...] Não poder viver senão uma vida é como não viver nunca" (KUNDERA).
Diana, infelizmente, não teve essa escolha. Seu 'se' não ocorreu. Toda a sua vida (futura) passa diante de seus olhos diante da perspectiva do fim. O que ela imagina que poderia ter sido só faz sentido a partir do que ela mesma viveu. E a confluência do passado e do presente dinamiza a narrativa.
Vale a pena. Agradeço pela indicação do seu Jorge, pois não vi o filme nos cinemas.
Calmaria e vendaval
Choro e canto, mato e morro
Corro entre o bem e o mal
Sem querer faço da vida
Calmaria e vendaval
Passarinho e águia brava
Brisa mansa e temporal
Vendo o dia se apagando
Vejo a noite amanhecer
Passo o tempo procurando
Quem me possa responder
Como é que tem quem vive
Sem ninguém por quem morrer
Um caminho a gente encontra
Só questão de procurar
Se uma reta está no céu
Uma curva está no mar
Só não se acha saída
Quando a morte vem levar
Vinicius de Moraes
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